"Um mundo se abrirá aos seus olhos"
Francisco, um escritor frustrado que contempla os fracassos de sua vida, começa a ter algumas visões que o levam a questionar a própria sanidade mental. Com o propósito inicial de investigar o mistério e não perder a conexão com a realidade, põe-se a registrar o que vê num diário. Aos poucos, porém, os eventos inexplicáveis o forçam a reconectar-se com suas memórias mais íntimas, com a lembrança de seus antepassados imigrantes no sul do Brasil, com seu presente, e o diário assume involuntariamente as feições de um testamento, por meio do qual o herói-narrador reorganiza as peças desconexas do quebra-cabeça de sua vida e se vê diante de indagações existenciais. Somos assim levados por suas páginas a reflexões sobre a própria natureza da escrita literária e da linguagem, o tempo e seus enigmas. “A casa de todas as memórias” é um romance que celebra o sentido da vida adquirido através da contemplação da memória e da criação verbal: a arte das palavras (assim como toda forma de arte) é um fato intrinsecamente humano, uma função indissociável da alma, e somente no humano tem sentido, inexistindo fora dele. Em tempos de desumanização e artificialização de processos criativos, acompanhamos o trajeto doloroso do herói, quase um símbolo de uma época que se encerra, no despertar para dimensões mais inefáveis da existência e na forçosa resignação diante da falibilidade e das aporias da vida.
Théo Moosburger (Curitiba, 1981) é um experiente e multilíngue tradutor literário. Dentre suas traduções publicadas, destacam-se: Papadiamántis, A Nostálgica e Outros Contos (Hedra); Aristóteles, Da Alma (Vozes); Luciano, Histórias Verdadeiras (Kotter); Tarchetti, Contos Fantásticos (Clepsidra/Ex Machina); Saga de Njáll (Dialética, Clube de Literatura Clássica); Saga de Gunnlaugr Língua-de-Serpente (Fino Traço, Clube de Literatura Clássica); Três Sagas Islandesas (UFPR); Sagas lendárias islandesas (Ex Machina); Andri Snær Magnason, A História do Planeta Azul (Hedra). Na revista de tradução Nota do Tradutor, publicou contos e poemas gregos modernos (Seféris, Karyotákis, Elýtis, Karkavitsas, entre outros). É autor da novela fantástica O Cemitério dos Amores Mortos (Kotter, 2024).
Pintura da capa: Boy and a Cat (1952), de Deborah Brown. © Estate of Deborah Brown
Deborah Brown (Belfast, 1927 — Donegal, 2023) foi uma importante pintora e escultora norte-irlandesa. Uma de suas obras mais famosas é a escultura em bronze Sheep on the Road, que adorna o centro de Belfast, na Irlanda do Norte.
Francisco, um escritor frustrado que contempla os fracassos de sua vida, começa a ter algumas visões que o levam a questionar a própria sanidade mental. Com o propósito inicial de investigar o mistério e não perder a conexão com a realidade, põe-se a registrar o que vê num diário. Aos poucos, porém, os eventos inexplicáveis o forçam a reconectar-se com suas memórias mais íntimas, com a lembrança de seus antepassados imigrantes no sul do Brasil, com seu presente, e o diário assume involuntariamente as feições de um testamento, por meio do qual o herói-narrador reorganiza as peças desconexas do quebra-cabeça de sua vida e se vê diante de indagações existenciais. Somos assim levados por suas páginas a reflexões sobre a própria natureza da escrita literária e da linguagem, o tempo e seus enigmas. “A casa de todas as memórias” é um romance que celebra o sentido da vida adquirido através da contemplação da memória e da criação verbal: a arte das palavras (assim como toda forma de arte) é um fato intrinsecamente humano, uma função indissociável da alma, e somente no humano tem sentido, inexistindo fora dele. Em tempos de desumanização e artificialização de processos criativos, acompanhamos o trajeto doloroso do herói, quase um símbolo de uma época que se encerra, no despertar para dimensões mais inefáveis da existência e na forçosa resignação diante da falibilidade e das aporias da vida.
Théo Moosburger (Curitiba, 1981) é um experiente e multilíngue tradutor literário. Dentre suas traduções publicadas, destacam-se: Papadiamántis, A Nostálgica e Outros Contos (Hedra); Aristóteles, Da Alma (Vozes); Luciano, Histórias Verdadeiras (Kotter); Tarchetti, Contos Fantásticos (Clepsidra/Ex Machina); Saga de Njáll (Dialética, Clube de Literatura Clássica); Saga de Gunnlaugr Língua-de-Serpente (Fino Traço, Clube de Literatura Clássica); Três Sagas Islandesas (UFPR); Sagas lendárias islandesas (Ex Machina); Andri Snær Magnason, A História do Planeta Azul (Hedra). Na revista de tradução Nota do Tradutor, publicou contos e poemas gregos modernos (Seféris, Karyotákis, Elýtis, Karkavitsas, entre outros). É autor da novela fantástica O Cemitério dos Amores Mortos (Kotter, 2024).
Pintura da capa: Boy and a Cat (1952), de Deborah Brown. © Estate of Deborah Brown
Deborah Brown (Belfast, 1927 — Donegal, 2023) foi uma importante pintora e escultora norte-irlandesa. Uma de suas obras mais famosas é a escultura em bronze Sheep on the Road, que adorna o centro de Belfast, na Irlanda do Norte.
Título : A casa de todas as memórias - Ou o tratado sobre o infinito
Autor : Théo Moosburger
ISBN : 978-65-85366-07-6
Páginas: 280
Capa: Brochura
Papel: Pólen
Idioma: Português
Ano/Lançamento: 2025
Edição: 1ª Edição 2025