"Um mundo se abrirá aos seus olhos"
Jens Peter Jacobsen (1847-1885) foi um escritor dinamarquês do século XIX que influenciou uma geração de escritores em todo mundo, incluindo Thomas Mann, Robert Musil, Franz Kafka, Sigmund Freud, Arthur Schnitzler, Hermann Hesse, James Joyce, Stefan Zweig, Otto Maria e o escritor austríaco Rainer Maria Rilke, seu discípulo e maior divulgador.
Botânico, tradutor de Darwin para o dinamarquês, fundador da escola naturalista na Dinamarca, romancista e poeta, escreveu uma reunião de contos intitulada “Mogens e outros contos” dois romances: “Niels Lyhne” e “Senhora Marie Grubbe – Interiores do século XVII”, além de alguns poemas, contos inacabados e cartas.
“De todos os meus livros, só alguns me são indispensáveis, mas há dois que se encontram entre meus objetos de uso por onde quer que ande. Tenho-os aqui também: A Bíblia e os livros do grande poeta dinamarquês Jens Peter Jacobsen".
“Um mundo se abrirá aos seus olhos”
Rainer Maria Rilke “Cartas a um jovem poeta”
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“Jens Peter Jacobsen era um poeta de nuanças. A sua influência literária foi imensa: remodelou não só a literatura, mas a própria língua de todas as nações escandinavas; infiltrou-se no sentimento e na expressão de certos simbolistas alemães e franceses; rivalizou na Inglaterra com a influência de Keats; teve discípulos na Holanda, na Rússia e entre os tchecos. E tudo isso muito delicadamente, discretamente, a ponto de essas influências e recordações se tornarem anônimas e deixarem esquecer o seu autor. Nada ficou, senão uma lembrança agradecida da Dinamarca; uns versos de Rilke; e, para nós outros, uma grande saudade.
Hoje, não é, quase, senão um nome. Está esquecido. Eu mesmo, para confessar a verdade, esquecera-o, durante muitos anos, ingratamente: esse poeta é para mim, e para muitos da minha geração, uma preciosa lembrança da mocidade perdida”.
Otto Maria Carpeaux
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“Se a marca de um grande artista é a capacidade de apresentar verdades múltiplas e contraditórias ao mesmo tempo — a grandeza darwinista da vida, por exemplo, de um lado, e a imensa solidão, a terrível futilidade da existência humana, de outro — então Jacobsen sem dúvida está entre os maiores”.
Morten Høi Jensen (Biógrafo do autor)
“Uma morte difícil”